sábado, 26 de julho de 2014

XERIFE OU VILÃO ?

Numa discussão de duas horas e meia na casa de Vanessa Felippe, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, Bethlem fez revelações comprometedoras para Vanessa. Bethlem contou que embolsava aproximadamente R$ 85 mil por mês, além de seu salário como secretário. Na conversa, ele deixa a entender que se tratava de propina vinda de contratos da Secretaria, incluindo um convênio para cadastrar beneficiários do Programa Bolsa Família. Bethlem afirmou ter uma conta bancária na Suíça e praticamente admitiu caixa dois em suas campanhas eleitorais. Vanessa gravou toda a conversa, mas a manteve em segredo por mais de dois anos. Depois do divórcio, Bethlem começou a pagar a pensão em 2012. Só que em vez de cheques ou depósito na conta bancária, Vanessa revelou que recebia em casa pacotes com dinheiro vivo, com quantias de R$ 20.000,00 em notas de R$ 100,00. Achando a quantia insuficiente, Vanessa Felippe, decidiu instalar câmeras escondidas na casa e filmou algumas entregas de dinheiro. O pacote era entregue por um assessor do Rodrigo, chamado JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA FRANCO. Na conversa gravada, Bethlem diz que ganhava cerca de R$ 100 mil por mês e chega a afirmar que sua “principal fonte de renda” era dinheiro proveniente de um dos contratos da Secretaria Municipal de Assistência Social. Um convênio que cadastrava famílias de baixa renda e criava um banco de dados com nomes e endereço de pessoas com direito a inclusão em programas sociais, como um Bolsa Família. Segundo a Revista Época, Sem licitação e pelo período de sete meses, o secretário Bethlem contratou, em agosto de 2011, a ONG Casa Espírita Tesloo, para cadastrar famílias de baixa renda, pelo valor de R$ 9,68 milhões. Comandada pelo major reformado da Polícia Militar Sérgio Pereira de Magalhães, a Tesloo é alvo de diversas investigações sobre desvio de dinheiro em convênios com a prefeitura, incluindo o assinado por Bethlem, hoje em análise no Tribunal de Contas do município. Bethlem informou receber “Em torno de R$ 65 mil, R$ 70 mil mensais.Bethlem disse a Vanessa que ainda não tinha recebido o dinheiro daquele mês. Ao que tudo leva a crer, havia uma triangulação. Bethlem mandava a Secretaria pagar a Tesloo, e, em troca, ela desviava uma fatia para seu bolso. A quantia de R$ 70 mil que Bethlem afirmou receber corresponde a 5% da parcela de R$ 1,4 milhão que a Secretaria pagava mensalmente. Bethlem disse a Vanessa que, além do contrato, havia a verba do lanche. Ao ser questionado por Vanessa. Bethlem explica que “o cara que vende lanche para todas as ONGs” era seu amigo e que ele recebia “em torno de R$ 15 mil” por mês. A Secretaria de Assistência Social tem varios contratos com ONGs para prestação de serviços. Na conversa, Bethlem não dá detalhes que possam identificar como ele ganhava dinheiro com o fornecimento de alimentação às ONGs contratadas da prefeitura. Além de relatar ganhos obscuros na Secretaria de Assistência Social, Bethlem ainda faz mais revelações comprometedoras. Ele fala sobre uma suposta conta que mantinha na Suiça. Pois, uma vez Vanessa ameaçara revelar à polícia a existência de uma conta bancária que ele mantinha na Suíça. Vanessa nega ter feito a ameaça, mas Bethlem rebate: “Você por acaso não disse que, se eu não desse a metade (dos bens) para você, muita gente gostaria de saber que eu tinha conta na Suíça?”. Vanessa insiste que não fizera a acusação porque não tinha provas. Bethlem emenda: “Você está careca de saber que fui à Suíça para abrir uma conta lá... Não seja hipócrita”. Bethlem ainda diz a Vanessa que, por causa da ameaça, quase sofreu um infarto. Procurado pela imprensa, Bethlem diz não se lembrar de detalhes da conversa com Vanessa, e diz que não mantém conta na Suíça. Já o seu assessor José Carlos afirma que não se lembra das entregas na casa de Vanessa. Os videos feitos por Vanessa Felippe foram periciados e o laudo diz que não foi encontrado, ao longo de nenhuma das três gravações periciadas, qualquer indício de manipulação fraudulenta”.