A permanência do PCdoB no ministério dos esportes após as denúncias de corrupção, trás a tona um procedimento comum na política brasileira. Os partidos são donos dos ministérios. Desde o fim do Regime Militar (1964-1985), o governo é formado por coalizões, no intuito de ter a maioria de votos no congresso e assim poder governar com maior tranquilidade, evitando CPIs e desgaste. Como fica praticamente impossível um partido ter maioria no congresso, as alianças acabam sendo feitas. Só nestes poucos meses de governo, Dilma substituiu cinco de seis ministros usando o critério partidário. O problema nessa imensa troca de favores é que ela dá margem para a corrupção se instalar e expandir. Um acaba necessitando do outro, e com isso evitando celeumas, e desagrados a terceiros. No ministério da agricultura por exemplo,Pedro Novais não tinha idéia de como plantar uma alface. O ministro do turismo, só tem noção de turismo como turista, e o atual do esportes, tem como experiência a CPI da CBF. Não é a toa que por motivos assim, tanto agricultura, como turismo e esportes tiveram seus titulares envolvidos em escândalos e já estão no segundo titular em menos de oitos meses de governo. Infelizmente, política no Brasil, é feita por interesses de poucos , renegando o bem estar social a segundo plano.
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