terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quem paga ?



Durante toda a sua existência a Rocinha nunca foi taxada em nada. Sejamos honestos, não havia o que cobrar. Falta princípios básicos de sobrevivência, como água, esgoto, luz, limpeza, manutenção, urbanização, e muito mais. O governo sempre teve um certo descaso com a comunidade. Não sei se por medo, falta de acessibilidade, ou mesmo falta da confiança da população, desacreditada por anos de descaso. Mas após a tomada da comunidade, o governo diz que irá investir mais de 700 milhões na Rocinha até 2014. Acho que deveria ser até 2012. As necessidades são grandes, e a população merece e tem direito a melhores condições de vida. Não basta investir, tem que fazer acontecer e mais, tem que cuidar, fazer manutenção, reformas. Isso tudo custa dinheiro. E sou a favor de começar a colocar impostos no morro. Qualquer um real, gera mais de 100 mil reais mensais. Isso pode ser investido na própria comunidade. A cobrança , mesmo que de baixo valor, dá a quem paga o sentimento de propriedade, e consequentemente o de preservação. Acho que com contas a pagar, as pessoas desenvolvem um sentido de economia, e passa a diminuir gastos, que hoje são pagos através dos impostos pela sociedade do asfalto. Tenho pra mim, que a cobrança de imposto da comunidade funcionaria também para socializar a comunidade. Não defendo o imposto absurdo e campeão mundial que é praticado no Brasil, mas uma taxa simbólica de 5 reais, por gáz, luz, iptu, e esgosto. Que estabelecimentos sejam cadastrados e formalizados no imposto simples. Tem muita gente grande lá dentro, colchões, bancos, fast food, veículos, etc. A rocinha, não precisa ser tratada como coitadinha. Ela pode crescer, e dar muitas alegrias ao Rio de Janeiro e ao Brasil. Pois ela é formada por gente boa, honesta e trabalhadora.

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